COMO LIDAR COM A BIRRA DAS CRIANÇAS

Normalmente o comportamento de birra se inicia após a criança ouvir uma palavrinha de três letras NÃO. Ela se dá pela incapacidade da criança de manifestar a sua frustração de outro modo, pois ainda não possui habilidades emocionais e sociais para tal.

È de extrema importância que o adulto que esteja responsável pela criança no momento da birra não reaja de forma a reforçar este comportamento. Por isso é necessário ter paciência antes de agir sobre a situação.

O que você precisa saber

   Você não deve se importar com o que as pessoas que presenciam a birra vão pensar o seu respeito ou do seu filho. Ele é uma criança e você está fazendo o melhor para ele. Lembre que se você ceder a birra do seu filho só para não passar vergonha estará reforçando o comportamento da criança, logo, é provável que ele se comporte deste modo mais vezes.

Saiba que a birra é um pedido inconsciente da criança por limites. Ela ainda não sabe lidar com situações frustrantes e a sua função é ensinar isso a ela de forma adequada.

As regras e limites devem ser muito claras para a criança. Uma rotina muitas vezes pode ajudar, pois deste modo à criança já sabe o que esperar de cada momento do dia.

Quando a criança iniciar uma birra (choro, gritos, etc.), leve-a para um lugar mais tranquilo e fique com ela até a crise passar. Sei que pode ser difícil, mas não ceda a demanda dela, pois, como já dito, isso fará com que essa cena se repita.

No momento da birra tente não demonstrar o misto de sentimentos que está sentindo. Gritar, chorar, brigar e bater na criança demonstram que você também não está sabendo lidar com a sua frustração, transmitindo insegurança. Quando você demonstra calma a criança se sente segura reduzindo o comportamento de birra.

Após o extravasamento da criança tente conversar com ela. Tentar conversar durante a crise emocional não é eficaz nem mesmo para adultos, quem dirá para uma criança pequena. Demonstre que você se importa com ela e com o que ela sente, mas que o seu não tem uma razão de ser.

Nomeie o que a criança esta sentindo. Diga frases como “Eu sei que você está com raiva (frustrado), mas a mamãe não vai te dar as balas, porque você precisa almoçar”.

 

O QUE FAZER QUANDO A CRIANÇA NÃO QUER COMER?

 

Introduzir novos alimentos na dieta das crianças não é uma tarefa simples, e isso todos sabemos. Por vezes parece impossível fazer com que elas provem uma fruta, verdura ou legume. Existem crianças que são muito seletivas e não aceitam nenhuma novidade.

Tenho visto pais usando várias táticas para OBRIGAR a criança comer, como a barganha, ameaças, castigos, gritos, entre outros, o que torna o momento da refeição ainda mais desagradável para todos desencadeando na criança uma relação negativa com a comida, que pode se estender até a sua vida adulta.

A boa noticia é que existem algumas táticas que pode ser usadas para tornar a tarefa de colorir o prato das crianças mais simples e agradável. 

Então vamos às dicas!

Dica 1: Selecione um alimento de cada vez.

É bastante improvável que uma criança com seletividade alimentar prove muitos alimentos de uma única vez, então escolha um e depois que ela já estiver habituada passe para o próximo.

Dica 2: Não faça barganhas

Não é bom que a criança associe a comida ao ganho de carinho, passeio doces, etc. Futuramente essa associação pode ser prejudicial. É necessário que ela compreenda que comer bem é importante para a saúde e não para ganhar o que quer.

Dica 3: Não obrigue a criança a comer

Muitos pais tem a ideia de que a criança precisa comer mais do que ela realmente precisa. Respeite o apetite do seu filho. Se ele disse que já está satisfeito não o encoraje a continuar comendo. Quando você a obriga tona algo que devia ser prazeroso e nutritivo em algo traumático e amedontrador.

Essa ideia de que a criança tem que comer tudo que pôs no prato “para não desperdiçar” acaba fazendo com que ela se torne uma pessoa que sempre vai comer mais do que realmente seu corpo solicita, aumentando as chances de se tornar obesa.

Dica 4: Não ofereça uma refeição substituta

Sei que os pais e avós morrem de medo que a criança passe fome, mas fato é que se cada vez que a criança se negar comer o que tem na mesa lhe for oferecido outra opção a chance de ela experimentar algo novo se torna quase nula.

Então, encoraje a criança permanecer na mesa, mesmo que ela não coma.

Dica 5: Nada de distrações

Na hora das refeições evite TV ligada, celular e brinquedos. Esse momento deve ser centrado na alimentação. A cor, o cheiro, a apresentação são fatores que podem ajudar a criança a se interessar em provar a comida e se ela estiver distraída com outras coisas isso passará despercebido.

Dica 6: Jeitos diferentes

Apresente a comida de formas diferentes. A beterraba pode ser servida em salada cozida ou crua, no suco ou na massa de um bolo, os legumes podem ser cortados em formatos divertidos, o brócolis pode ser acrescentado ao molho de macarrão e as frutas podem ser servidas como chips. Seja criativo!

A forma mais simples de fazer a criança provar algo novo é fazendo uma aproximação sucessiva, o que significa que você vai fazer com que a criança vá aos poucos se habituando à ideia de experimentar o alimento.

Exemplo:

1)    Leve a criança a feira ou supermercado para ajudar na escolha dos alimentos. Enquanto seleciona fale sobre a cor, forma, textura, deixe ela sentir o aroma das frutas e ervas.

2)    Em casa peça para a criança buscar esses alimentos para o preparo.

3)    Peça ajuda para higienizar e/ou preparar os alimentos. Traga ele pra cozinha e deixe participar desse momento. Faca receitas divertidas e torne o contato dele com a comida o mais agradável possível.

4)    Incentive a criança ao menos colocar o alimento no prato, mesmo que ela não coma ainda.

5)    Incentive ela provar um pedaço pequeno

6)    Se ela não gostar está tudo bem, nós adultos também não gostamos de todos os tipos de alimento. Que tal tentar outro? Existem muitas frutas, verduras, legumes e vegetais.

7)    Quando ela se habituar a esse alimento é hora de inserir mais um.

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